Honda Africa Twin 2016 – Test-Drive

O test drive de hoje é à renascida Honda Africa Twin.

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Não sou apreciador do estilo trail porque, como já tinha referido em outros testes, não gosto da posição de braços abertos. Até tinha pena de não ponderar ter a excelente Crosstourer como mota devido a este pormenor até que …

Aparece a Africa Twin!! Confesso… fiquei fã, digo fã, porque é difirente de gostar! Com a Africa Twin ficamos fãs da mística e magia associado a este nome. Quando acabei o test-drive rompeu imediatamente uma frase ao meu pensamento, pensei..  – ” eles conseguiram…”.

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Falo pois de todas as pessoas envolvidas na criação deste fantástico modelo, conseguindo superar o desafio proposto e construir uma das melhores motas da actualidade. Dito isto, anseio por experimentar a versão com DCT que como todos sabem sou fã.

Agradeço, antes de mais, à Motodiana por permitir o teste à Africa Twin.

Ok, voltando ao test-drive, as primeiras impressões que saltam a vista é realmente o seu design. Não acredito que esta mota passe despercebida em algum lugar. Eu diria mesmo que não é uma qestão de ser bonita ou feia, é mesmo uma questão de perfeição e acho que quem já olhou com “olhos de ver” para esta proposta da Honda repara que está tudo no sitio certo, nada é em exagero, nada está fora do lugar. Por exemplo, o depósito nem é grande nem pequeno, é o tamanho ideal. O motor nem está muito despido nem muito tapado, está mesmo no ponto ideal para ser bonito e prático. Temos ainda o escape muito bonito e com um som espectacular, as luzes de led, entre outros pormenores.

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Já vi inúmeras pessoas que chegam ao pé da Africa Twin e dão pelo menos duas voltas à sua volta olhando com prazer para todos os pormenores.

Em suma o seu design, na minha opinião, é dos mais bem conseguidos e perfeitos que vi até hoje, dado o tipo de mota que é.

Rápidamente subi para cima dela e senti-me muito confortável, o guiador não é muito largo, como eu gosto, e os pés chegavam perfeitamente ao chão. Já a meio do test-drive  tive que deslocar a AfricaTwin e fiquei surpreendido pois não pareceu tão pesada e consegui fazer a manobra que pretendia com facilidade.

O painel de instrumentos é futurista e totalmente digital. Tem todas as informações necessárias e de fácil leitura.

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Inicio o motor e um agradável som encorpado enche o espaço do concessionário da Motodiana. Assim que arranco noto logo que o motor tem um binário invejável permitindo manobrar a AfricaTwin ao ralenti. Durante o test-drive notei algo que não interfere no andamento mas que por vezes é um pouco desagradável, a baixa rotação notei que o binário sente-se de forma violenta em toda a mota. Isto acontece pois este motor tem mais binário que cavalos e é um motor que privilegia as baixas rotações. Dei por mim a aproveitar a faixa de rotações entre as 3800 rpm e 4500rpm onde o som era mais espetacular e o binário se evidenciava.

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Os primeiros quilómetros foram feitos em estrada e aqui foi a minha segunda surpresa proporcionada pela Afraca Twin. A ciclistica é suave e precisa, dei por mim a apreciar todos os segundos e cms de cada curva. Para ser sincero não estava à espera de tal sensibilidade e prazer de curvar o que me deixou muito impressionado. O trabalho na ciclistica é deveras impressionante.

Desde o começo que pensei que o test-drive teria que ter um percurso fora de estrada e lembrei-me de aproveitar e visitar um sitio que já não visitava à bastante tempo. Falo do Cromeleque dos Almendres ( que recomendo vivamente visitar ) que tem um percurso de terra batida até lá chegar. No meu ver, perfeito para eu testar a AfricaTwin.

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Impressionante a rigidez do chassis e a qualidade das suspensões que absorvem todas as irregularidades do piso. O motor é sublime e dóssil quando o condutor precisa e explosivo quando o pulso direito assim o ordena. Dei por mim a rir em algumas curvas onde a traseira insistia em sair fora da trajectória. Um pequeno toque de acelerador e os power slides tornavam-se uma realidade. Um vício autêntico, era capaz de ficar o dia todo a fazer isto, pensava eu enquanto conduzia a AfricaTwin.

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Quando circulei no alcatrão achei os travões um pouco suaves, exigindo que aplica-se um pouco mais de força para sentir uma travagem mais forte, no entanto, quando passei para a terra vi que este comportamento tinha um propósito pois o nível de aderência é completamente diferente e a partir desde ponto percebi a maneira como está afinado é na verdade perfeito para não termos nenhum susto em terra batida pois podemos dosear a força da travagem com muita precisão.

Em relação aos pneumáticos, no alcatrão não desiludiram e fora de estrada também não mas para fora de estrada não tenho termos de comparação.

Por fim confirmo tudo o que de bom se tem dito desta proposta da Honda e quero muito testar a versão com DCT.

Recomendo com facilidade.

Fica um video da AfricaTwin ( walkarround )