Honda CBR300R – Test-Drive

Começamos por comprar uma 125 ou inferior quando nos iniciamos no mundo das duas rodas. Depois o bichinho começa a fazer-se ouvir e começamos a querer mais. Damos por nós a circular em cilindradas bastante mais elevadas do que inicialmente pensámos.

No entanto este test-drive é especial porque esta mota é de um amigo que devido a vários factores pessoais teve que baixar de cilindrada. Deixo aqui um obrigado por me a deixar testar.

Trata-se da nova CBR300R.

CBR300R

CBR300R

 

Baixar de cilindrada não é própriamente mau pois temos o exemplo desta CBR. Quando estamos ao pé desta proposta da Honda notamos o seu reduzido tamanho. Esguia e baixa percebemos, assim que nos sentamos ao seus comandos, que não é uma mota de muita potência. Conta com 30 CV o que é muito bom para um motor com 300cm3 ( 286cc para ser mais preciso) .

CBR300R

CBR300R

CBR300R

CBR300R

Mas não é por ser mais pequena que não deixa de ter um design agressivo mas ao mesmo tempo muito bonito e agradável. O seu desenho é inspirado na CBR1000RR.

 

CBR300R

CBR300R

Gostei muito do seu olhar zangado. Parecendo uma vespa que nos vai picar a qualquer momento. Sendo uma mota toda carenada acho o seu design muito bem conseguido. Todos os plásticos apresentam muito boa qualidade e não notei fragilidades ou peças de qualidade duvidosa.

 

CBR300R

CBR300R

Sentado aos seus comandos noto de imediato que também é muito leve e fácil de manobrar pois o seu centro de gravidade é baixo e o seu peso não é muito elevado ( 164Kg).

A Honda já nos tem habituado com painéis de instrumentos simples mas com toda a informação embutida mas neste caso falta o registo dos consumos de combustível em computador de bordo. Mas eu até consigo perceber que para quem compra uma desportiva não está a pensar nesses assuntos, então os engenheiros da Honda preferiram colocar um indicador da temperatura muito mais útil para quem anda a abusar deste pequeno motor. Ainda em relação ao painel gostaria de referir que o conta-rotações ao centro é uma mais valia e dá um toque essencial de desportivismo.

 

CBR300R

CBR300R

A posição de condução é em tudo desportiva e a protecção aerodinâmica é muito pouca. Eu digo que é pouca porque esta 300cm3 pode chegar aos 180km\h o que para mim é realmente impressionante. Penso que isto é conseguido devido ao facto de o motor ter um excelente binário (26,5 Nm) mas não ser superior aos 30 CV. Esta combinação ainda permite fazer consumos muito reduzidos.

O motor sobe de rotação com um facilidade invejável e é muito divertido de conduzir pois podemos levar as rotações até as 10500 rpm’s. Estas rpm’s instalam-se no nosso sistema nervoso e torna-se um vício andar a puxar por esta CBR300. Para aumentar ainda mais a diversão esta unidade está equipada com escape Akrapovic o que a deixa com uma sonoridade de uma CR1000RR.

CBR300R

CBR300R

 

Depois de levarmos este motor ao limites chega o ponto em que temos que parar e neste campo os travões desta CBR300R estão perfeitamente dimensionados para o peso de todo o conjunto dispondo ainda de ABS.

CBR300R

CBR300R

 

Na verdade quando circulamos com esta CBR300R a sensação é que realmente circulamos numa mini CBR1000RR devido á sua leveza. Quando se curva é tudo muito leve mas inclinamo-nos com uma facilidade impressionante. Não temos sensação de falta de controlo nota-se é uma leveza impressionante.

Por fim vou falar do aspecto que menos gostei que foi os pneus que a Honda optou em colocar nesta proposta. Acho realmente que não estão ao nível do resto do conjunto. Demoram muito tempo a aquecer e em curva não inspiram confiança.

Em conclusão acho que esta proposta da Honda é excelente para quem, ou precisa de baixar de cilindrada, ou quem queira ganhar a importantíssima experiência para se aventurar nas duas rodas de alta cilindrada. A única recomendação que faço é que troque de pneus no acto da compra.

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