Honda VT 1300 CX – Test-Drive

Confesso que nunca me atraíram este tipo de motas. No entanto tive a oportunidade de experimentar e aproveitei.

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Embora não seja o tipo de mota que goste tentei ser imparcial e tirar alguma conclusão do teste.

Começo pelo o que mais me incomodou que foi a posição de condução. Pernas e braços para a frente não me dá o gozo que dão outras motas a curvar. Para mim não me parece uma posição natural e secalhar foi este o motivo pelo que não me senti confortável. Além do mais que as irregularidades da estrada eram sentidas directamente na coluna. Algumas cavidades da estrada são um autêntico pesadelo.

Não apreciei a falta de instrumentos, nesta mota apenas temos o velocímetro e umas luzes. Muito pouco na minha opinião.

Protecção frontal não existe o que não conjuga com a posição de condução. Basicamente o corpo vai a fazer de concha para o vento. Não admira que as pessoas que compram estas motas andem a 80km/h. Já devem ter o peito feito em água com a força do vento.

Para mim o único ponto forte é o binário do motor, que se faz notar ao ralenti. Mas infelizmente o motor não tem emoção nenhuma pois foi desenhado para fazer um barulho grave e dar muito binário ao condutor mas não tem altas rotações.

Cheguei à conclusão que não gosto mesmo deste tipo de motos quando fiz a primeira curva e também as restantes, digo isto, porque a primeira curva foi uma curva de cruzamento e estamos parados e temos que arrancar para o lado direito e na minha opinião á alguma coisa de errado com este tipo de motas. É que não tem manobrabilidade nenhuma. Depois nas curvas já com alguma velocidade notei que não se pode inclinar muito pois não existe altura do chassis ao solo.

Chego à conclusão que não vou recomendar nem vou afirmar que não se deve comprar visto eu não gostar de todo deste tipo de mota. A quem pretender comprar este tipo de mota aconselho a testar e falar com pessoas que usem no dia-a-dia.

Honda VRF 1200 DCT

Este modelo represente um salto no modo como se olha para as motas devido essencialmente a sua nova caixa automática.

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É um modelo que provoca alguma controvérsia mas temos que pensar que só compra o modelo DCT quem quiser. Eu pessoalmente ADOREI a VFR 1200 DCT.

Actualmente é a mota mais potente que conduzi e só tenho a dizer bem.

A principal sensação que tive aos comandos da VFR foi o facto de a caixa me deixar dedicar totalmente á condução da mota. Deixei de me preocupar com a mecânica e notei que estava muito mais atento a tudo o resto, carros, estrada. Absorvi muito mais informações quando me inclinava para realizar as curvas. Basicamente deixei de me preocupar com várias variáveis o que permitiu libertar a minha atenção para outros pormenores.

O chassis é muito bom e permite curvar com facilidade mas poderia ser um pouco mais envolvente quando em curva. Não quero com isto dizer que a VFR curva mal, ela curva muito bem é só uma pequena afinação.

Quando sentados, percebe-se que estamos numa sport turismo e o grande conta-rotações convida-nos a apertar o punho e ouvir a poderosa melodia dos 170cv.

Os materiais são todos de muito boa qualidade e nem estava à espera de outra solução pois o preço é um pouco elevado.

Iniciei a marcha e notei de imediato o elevado binário que proporciona acelerações fulminantes com melodias a dois tons. O que acontece é que a VFR tem um sistema de borboletas na panela de escape. A partir das 7 mil rotações a borboleta abre e torna o som do motor mais rasgado como se de um aumento de potência se tratasse. Só posso dizer que é viciante ouvir o som produzido por este belo escape. Escusado será dizer que andei sempre a tentar ouvir a melodia.

Uma das características que mais me impressionou foi o poder de travagem, que me permitia sentir uma enorme segurança quando circulava a mais velocidade pois com um simples toque no travão consegui reduzir muito rapidamente a velocidade.

A protecção frontal é suficiente para a uma sport turismo, pois não oferecendo muita protecção aerodinâmica tem uma aerodinâmica muito boa não se sentido nenhum incómodo com ventos laterais.

Para mim que sou de uma geração da playstation adorei este modelo e para mim é um modelo de sonho pois devido ao seu preço não poderei adquirir uma. Mas as emoções que vivi aos comandos da VFR jamais esquecerei. Quando a entreguei novamente à Motodiana e me desmontei dela todos os meus sentidos estavam apuradíssimos.

E um modelo de excelência e recomendo para quem procura uma sport turismo.