Yamaha Tmax 530/ABS – Test-Drive

Finalmente consegui realizar o test-drive à ultima Scooter do trio que tinha planeado testar para me poder decidir sobre qual a filosofia seguir.

tmax1

Desde já agradeço à Yamaha Motor7 a disponibilidade para se concretizar o test-drive à Tmax 530.

A primeira impressão no stand é realmente muito boa. A qualidade de construção é realmente superior à concorrência. Os plásticos estão todos no sitio certo e a sensação de toque é agradável em qualquer sitio. Os materiais brotam qualidade e sempre que se olha para algum sitio nota-se muito trabalho de engenharia e design. A cor que gosto mais é o preto fosco a imitar os caças furtivos. No entanto a cor da scooter que testei era branca mas também muito bonita, na minha opinião, qualquer cor fica bem na Tmax.

Depois de me sentar no banco do condutor, algo rijo mas não desconfortável, salta a vista o excelente e bonito Cockpit onde temos todas as informações necessárias e de fácil leitura. O espaço por debaixo do banco leva um capacete e mais uns acessórios, o que na minha opinião é suficiente se pensarmos no tipo de scooter que é, no entanto, em relação à Suzuki é pequeno e para mim seria necessário comprar a top-case para compensar.

Carrego no Start e oiço uma melodia muito agradável, que solta em mim um pulsar rotativo no meu punho direito, um bichinho difícil de controlar. Este som agradável ouve-se durante o test-drive e é realmente um grande trunfo desta scooter.

Esta versão de 2013 tem várias melhorias na caixa CVT. Basicamente actualizaram o sistema antigo para um semelhante ao usado na Gilera GP800. As principais diferenças para os tradicionais CVT é que a embraiagem solta-se muito mais cedo e não existe tanto lag quando se acelera e desacelera de seguida. Neste caso como existem duas correias, uma pequena na CVT e outra maior na ligação à roda, também conseguem maximizar o rendimento da CVT. Isto nota-se nas acelerações e também quando mantemos o andamento numa velocidade continua. Estas actualizações permitem por exemplo, que as rotações se mantenham entre as 4 e as 5 mil para manter várias velocidades. Esta solução de CVT é muito agradável de utilizar.

Agora viciante é mesmo este pequeno motor 530. Não se pode subestimar este motor pois galopa de velocidade a um ritmo impressionante. Não notei vibrações, puxa muito bem e o único factor menos amigo é o consumo. A scooter que testei tem no computador de bordo um consumo de 6l/100km de média e esta média é de muito quilómetros efectuados, por isso fica a informação que a Tmax é um pouco gulosa.

A posição de condução é muito boa, existe espaço para as pernas e o guiador é baixo sendo confortável, no entanto, a suspensão é rija e é preciso ter cuidado nos buracos mais vantajosos. Embora absorva bastante bem as pequenas irregularidades.

Para mim, que procuro também conforto, a protecção aerodinâmica é reduzida, o que, em caso de compra terá que levar um ecrã mais elevado. No entanto tenho que referir que não existem turbulências, pode parecer que não é importante, mas no caso das turbulências o capacete vibra com intensidade e é muito desconfortável e incomodativo.  O que sentimos na Tmax é só a passagem do vento mesmo a altas velocidades.

No percurso que efectuei não existiam muitas curvas, mas tinha uma curva e contra curva que me permitia fazer o que gosto muito. Tinha grandes expectativas e foram todas preenchidas e vou tentar escrever os meus sentimentos nas frases seguintes :

” Vejo a curva, está longe, anseio. Acelero um pouco, a velocidade está boa…                 cá está ela , encolho os cotovelos, acelero… ainda não estou na curva, mas já me inclinei.

A minha cabeça inclina num ângulo oposto e tento nivelar a visão ao nível da estrada, não é preciso muito o asfalto está perto.

Já estou na curva, acelero mesmo no meio, a traseira está fixa… lindo, só mais um pouco no punho direito… começo a levantar, e deito novamente, que facilidade, endireito….

que saudades…”

Tudo o que é bom acaba depressa e entreguei a Tmax. Infelizmente não sei se será opção para comprar. Quero algo confortável que possa fazer muito quilómetros e a rijeza da suspensão é um impedimento para comprar por uma razão contraditória. Pois se a comprar não a vou meter mais mole, é um contra-senso mas é assim. Outro aspecto é que teria que gastar mais dinheiro no ecrã, pois acho que o concessionário não me daria valor pelo o que a Tmax trás de origem.

A Tmax 530 é uma excelente Scooter, que nos faz perceber o porquê de gostarmos de andar em duas rodas. É uma solução com qualidade, segurança e recomendava-a com facilidade.

Penso que a solução para mim seria esta imagem que tem como acessórios GIVI o ecrã e a Top-case :

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Honda Integra 700 (Scooter)

Tive a oportunidade de realizar um test-drive de 2 dias a uma Scooter que pretendo adquirir mas o Gaspar(Ministro Finanças) e outras situações impediram-me de a adquirir e tive que adiar (talvez 2014) a aquisição.

Assim agradeço à Motodiana e também ao Daniel por me terem proporcionado esta oportunidade.

Estou a falar da bela Honda Integra!

Integra 700

Deixo agora a minha opinião resultante do ensaio.

Foi um total de aproximadamente 280 km percorridos de puro prazer de condução.

Eu já tinha efectuado um teste mais curto mas não há nada como fazermos 100km de uma vez para realmente sabermos os que estamos a comprar. Todos os test-drive deveriam ser assim.

A Integra tem um design muito atractivo e jovem, não parece uma scooter quando estamos perto dela e muito menos quando vista de longe. As malas dão a sensação de mota de turismo. Pessoalmente a cor que gosto mais é a preta como mostra a imagem anterior.

O motor tem um binário invejável e sobe de rotação com muita facilidade.

O arranque é fulminante e em poucos segundos rolamos a 120km\h, proporcionando elevadas prestações aliadas a consumos reduzidos.

A Integra curva muito bem, aconchega-se ás curvas e não luta contra a inclinação, sempre que entramos nas curvas o movimento natural é inclinar proporcionando bastante confiança ao condutor.

Gostei da travagem conjunta que é bastante potente, no entanto, quando se acciona só o travão dianteiro penso que fica aquém das expectativas.

Devido ao motor ter um binário muito elevado o acelerador torna-se muito sensível, isto é, para realizarmos um condução suave temos que acelerar milimetricamente, senão o condutor, é presenciado com doses massivas de binário. Se o objectivo for arrancar com força o condutor já está preparado e não se nota o esticão. Aliado a este pormenor temos que a baixa velocidade de cidade a caixa esta sempre a alternar entre 2ª e 3ª, provocando que o motor se engasgue um pouco.

Penso que este pormenor do acelerador poderia ser resolvido se fosse electrónico, o que permitiria que a electrónica filtrasse os movimentos do acelerador e proporciona-se uma condução mais descontraída quando se quer arrancar calmamente sem ter que regular milimetricamente o acelerador.

Notei que para pessoas dee maior estatura que o joelho bate na carnagem frontal quando passamos em buracos ou passadeiras elevadas, isto só me aconteceu na cidade, na estrada nunca me aconteceu. Aliado à carnagem, também notei que não consigo esticar as pernas totalmente.

Não era um dia de verão de Agosto mas já estava algum calor, notei que o calor do motor passa para as pernas. Não é um problema muito grave visto poder desviar as pernas para fora da carnagem e refrescar mas estava á espera de não sentir nada. Talvez um pouco mais de isolamento daqueles plásticos não fizesse mal.

Em relação á aerodinamica acho que se o o ecrã de protecção fosse regulável não teria nada a perder.Se o ecrã tivesse mais uns 5 cm concerteza faria a diferença. No entanto a Integra tem um estabilidade imprecionante, mesmo com vento cruzado onde é muito difícil destabiliza-la.

Não vou afirmar que não há outras opções à integra e por isso concluo que preciso de realizar mais  2 test-drive :

– Yamaha Tmax

– Suzuki 650

Mas a integra tem tudo o que procuro numa scooter e recomendo-a com facilidade.

Honda VT 1300 CX – Test-Drive

Confesso que nunca me atraíram este tipo de motas. No entanto tive a oportunidade de experimentar e aproveitei.

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Embora não seja o tipo de mota que goste tentei ser imparcial e tirar alguma conclusão do teste.

Começo pelo o que mais me incomodou que foi a posição de condução. Pernas e braços para a frente não me dá o gozo que dão outras motas a curvar. Para mim não me parece uma posição natural e secalhar foi este o motivo pelo que não me senti confortável. Além do mais que as irregularidades da estrada eram sentidas directamente na coluna. Algumas cavidades da estrada são um autêntico pesadelo.

Não apreciei a falta de instrumentos, nesta mota apenas temos o velocímetro e umas luzes. Muito pouco na minha opinião.

Protecção frontal não existe o que não conjuga com a posição de condução. Basicamente o corpo vai a fazer de concha para o vento. Não admira que as pessoas que compram estas motas andem a 80km/h. Já devem ter o peito feito em água com a força do vento.

Para mim o único ponto forte é o binário do motor, que se faz notar ao ralenti. Mas infelizmente o motor não tem emoção nenhuma pois foi desenhado para fazer um barulho grave e dar muito binário ao condutor mas não tem altas rotações.

Cheguei à conclusão que não gosto mesmo deste tipo de motos quando fiz a primeira curva e também as restantes, digo isto, porque a primeira curva foi uma curva de cruzamento e estamos parados e temos que arrancar para o lado direito e na minha opinião á alguma coisa de errado com este tipo de motas. É que não tem manobrabilidade nenhuma. Depois nas curvas já com alguma velocidade notei que não se pode inclinar muito pois não existe altura do chassis ao solo.

Chego à conclusão que não vou recomendar nem vou afirmar que não se deve comprar visto eu não gostar de todo deste tipo de mota. A quem pretender comprar este tipo de mota aconselho a testar e falar com pessoas que usem no dia-a-dia.

Honda VRF 1200 DCT

Este modelo represente um salto no modo como se olha para as motas devido essencialmente a sua nova caixa automática.

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É um modelo que provoca alguma controvérsia mas temos que pensar que só compra o modelo DCT quem quiser. Eu pessoalmente ADOREI a VFR 1200 DCT.

Actualmente é a mota mais potente que conduzi e só tenho a dizer bem.

A principal sensação que tive aos comandos da VFR foi o facto de a caixa me deixar dedicar totalmente á condução da mota. Deixei de me preocupar com a mecânica e notei que estava muito mais atento a tudo o resto, carros, estrada. Absorvi muito mais informações quando me inclinava para realizar as curvas. Basicamente deixei de me preocupar com várias variáveis o que permitiu libertar a minha atenção para outros pormenores.

O chassis é muito bom e permite curvar com facilidade mas poderia ser um pouco mais envolvente quando em curva. Não quero com isto dizer que a VFR curva mal, ela curva muito bem é só uma pequena afinação.

Quando sentados, percebe-se que estamos numa sport turismo e o grande conta-rotações convida-nos a apertar o punho e ouvir a poderosa melodia dos 170cv.

Os materiais são todos de muito boa qualidade e nem estava à espera de outra solução pois o preço é um pouco elevado.

Iniciei a marcha e notei de imediato o elevado binário que proporciona acelerações fulminantes com melodias a dois tons. O que acontece é que a VFR tem um sistema de borboletas na panela de escape. A partir das 7 mil rotações a borboleta abre e torna o som do motor mais rasgado como se de um aumento de potência se tratasse. Só posso dizer que é viciante ouvir o som produzido por este belo escape. Escusado será dizer que andei sempre a tentar ouvir a melodia.

Uma das características que mais me impressionou foi o poder de travagem, que me permitia sentir uma enorme segurança quando circulava a mais velocidade pois com um simples toque no travão consegui reduzir muito rapidamente a velocidade.

A protecção frontal é suficiente para a uma sport turismo, pois não oferecendo muita protecção aerodinâmica tem uma aerodinâmica muito boa não se sentido nenhum incómodo com ventos laterais.

Para mim que sou de uma geração da playstation adorei este modelo e para mim é um modelo de sonho pois devido ao seu preço não poderei adquirir uma. Mas as emoções que vivi aos comandos da VFR jamais esquecerei. Quando a entreguei novamente à Motodiana e me desmontei dela todos os meus sentidos estavam apuradíssimos.

E um modelo de excelência e recomendo para quem procura uma sport turismo.