Honda VFR 1200 X CrossTourer DCT – Test-Drive

Já tinha testado a Honda CrossTourer 1200 mas como sou fã do DCT ansiava por experimentar a versão DCT deste modelo. Desde já agradeço à Motodiana a oportunidade de realizar o test-drive.

Honda CrossTourer DCT

Honda CrossTourer DCT

Quando estamos ao pé desta proposta da Honda notamos de imediatamente o avultado mecanismo da embraiagem DCT. Isto não causa qualquer tipo de constrangimento mas percebemos que está ali muita tecnologia aplicada.

Dual Clutch Transmision

Dual Clutch Transmision

Outro aspecto já conhecido deste modelo é a sua altura ao solo. Não consegui perceber se existe algum tipo de afinação para a altura mas sei que podemos afinar o amortecimento, pois existe um pequeno botão que nos permite ajustar o amortecedor traseiro. A Honda também não se esqueceu da afinação do amortecer frontal invertido que proporciona um bom amortecimento e evita que a Crosstourer afunde muito quando se trava com mais potência.

CrossTourer DCT amortecedor

CrossTourer DCT amortecedor

Honda CrossTourer DCT frente

Honda CrossTourer DCT Travão da Frente

Já tinha experimentado motas da Honda com travagem combinada mas desta vez dediquei um pouco mais de atenção a esta tecnologia. A primeira opinião é negativa, pois não gostei de estar a travar com o pé e sentir a frente a travar. Acho que aqui se aplica a expressão – “cada macaco no seu galho!”. No entanto nem tudo são coisas más e a potência de travagem está perfeitamente ajustada ao tipo de mota, isto é, potente e segura pois o ABS é extremamente sensível e eficaz.

A mota que testei tinha 13km e os Pirelli montados nesta Honda tinham ainda toda a goma ainda na superfície do pneu, posso dizer que não senti qualquer tipo de insegurança e progressivamente fui inclinando cada vez mais e já estava a fazer curvas com uma inclinação avultada.

Honda CrossTourer Escape

Honda CrossTourer Escape

Como já é normal nos motores V4 a Honda cria escapes que proporcionam duas melodias ao condutor mas não notei grande diferença de som embora o escape tenha duas saídas um pouco diferentes mas o motor é tão linear que não se nota diferença no som.

Notei sim uma suavidade notável de condução devido ao uso de veio em vez de corrente. O veio associado à caixa DCT proporciona uma suavidade de condução que poucas motas conseguem proporcionar.

Honda CrossTourer DCT - Veio

Honda CrossTourer DCT – Veio

Aliado a este veio temos o controlo de tracção que também tive oportunidade de testar. O teste foi simples mas deu para perceber qual o nível de intervenção do mesmo. Tudo aconteceu quando encontrei uma espécie de obras na via e pensei que seria a altura ideal para testar o controlo de tracção. Assim que senti a mota em cima da areia acelerei com confiança e a reação da CrossTourer foi excelente. Não senti a mota a resvalar apenas senti uma ligeira perda de potência e a luz do controlo de tracção a acender. Gostei da intervenção do controlo de tracção que adequou o comportamento da mota ao que eu estava à espera não me causando insegurança mas sim reacções previsíveis e facilmente controláveis.

Honda CrossTourer

Honda CrossTourer – Torque Control

Sentado aos comandos desta proposta da Honda sinto-me no primeiro andar mas o que salta logo à vista é o travão de mão característico das motas equipadas com caixa DCT. Notamos também os braços abertos devido ao guiador aberto mas característico deste tipo de mota.

Honda CrossTourer DCT Travão Mão

Honda CrossTourer DCT Travão Mão

O cockpit está muito bem equipado e contém todas as informações necessárias e de fácil leitura.

Honda CrossTourer DCT Instrumentos

Honda CrossTourer DCT Instrumentos

Por fim faço referência ao bonito e reconhecido design desta CrossTourer que está muito bem conseguido.

Recomendo

Honda VFR 1200 X CrossTourer – Test-Drive

A Honda é inteligente em realizar eventos nos concessionários com várias motas para test-drive. Desta vez foi a CrossTourer que tive a oportunidade de experimentar.

Honda VFR 1200X Crosstourer (2)

Gosto muito deste tipo de mota e já ansiava para poder experimentar este modelo da Honda.

Como sou uma pessoa de estatura relativamente alta não tive dificuldade em me montar na CrossTourer e quando nos sentamos aos comandos desta, é realmente isso que salta à vista, a elevada posição de condução. Pego no guiador e noto logo a elevada abertura dos braços. É comum neste tipo de motas mas eu não consigo gostar de ir de braços abertos.

Ligamos o poderoso motor e a mim fez-me reavivar memórias antigas da VFR 1200. O motor faz lembrar a VFR 1200 mas tem um pouco menos de rotação. Eu testei a que não tem DCT mas queria mesmo era experimentar a versão DCT.

A CrossTourer que testei tinha um vidro frontal elevado e fiquei realmente surpreendido com a protecção aerodinâmica. Posso afirmar que não senti vento nenhum. Impressionante.

Esta mota não é uma desportiva e não estava a espera de curvar muito mas mesmo assim foi muito agradável verificar que dá-nos um grande prazer de condução a curvar, permitindo niveis elevados de inclinação.

Um aspecto que não gostei foi a suspensão que mais parecia a de uma desportiva, pois passei numa lomba a uma velocidade, que penso eu, a suspensão deveria obsorver com facilidade mas o que aconteceu é que o amortecimento foi tão rijo que tive que abrandar e recuperar do impacto na coluna, visto estar numa posição direita, perpendicular ao solo e o movimento brusco ser exactamente no sentido da coluna. No entanto é fácil estar horas e horas em cima da CrossTourer visto a posição ser muito confortável.

Esta proposta da Honda é uma forte concorrente neste segmento e recomendo com facilidade.