Honda CBR650F – Test-Drive

Desde que vi as primeiras fotos desta proposta da Honda que fiquei fascinado pelo seu design. O test-drive de hoje é à espectacular Honda CBR650F que já ansiava há algum tempo. Na minha área de residência foi impossível ter acesso a este modelo, no entanto, deixo o meu agradecimento à Honda Portugal que através do Sr. Carlos Cerqueira (Director de Marketing e Comunicação) me disponibilizou a CBR650F para poder realizar este tão desejado test-drive.

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Já o referi mais que uma vez e volto a enunciar que gosto especialmente de motas carenadas no entanto existem modelos muito mais complexos que esta CBR650F. Eu digo isto porque é elegante mas não tem nenhum ponto do seu design que seja exagerado. Falo por exemplo do farol frontal que embora simples não é muito afunilado, no entanto, está lá o efeito “cortante”.

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Nas laterais apenas temos pequenos pormenores que fazem a diferença. Como é o exemplo das saídas de ar que só olhando com mais pormenor nos apercebemos delas na carenagem lateral, à primeira vista quase nem damos por elas.

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Na parte de trás, a carenagem, é pouca mas mais que suficiente pois o bonito mono-amortecer salta logo à vista quando apreciamos esta CBR650F mais em pormenor.

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Honda CBR650F

De manhã, bem cedo, dirijo-me à Honda Portugal para levantar a CBR650F e um nervoso miudinho começa a fazer-se notar. Digamos que estava em “pulgas” para ligar o tetracilíndrico e rolar nela uns bons Kms.

Primeira sensação que notamos quando nos sentamos aos comandos da CBR650F é que nesta versão F a posição de condução não é tão inclinada como seria numa R, isto foi uma agradável surpresa pois acaba por ser uma posição até bastante confortável.

Ao rolar os primeiros kms começamos logo a apreciar o suave e potente motor. O binário não é muito grande mas está muito bem escalonado em todas as mudanças. Rapidamente nos afeiçoamos ao seu modo de funcionamento que me impressionou bastante.

Posso dizer que depois da sua ciclística de caris desportivo foi o motor que mais me agradou e se pudesse tinha mesmo esta CBR650F na garagem acompanhada da minha actual montada a Integra 750 D, era perfeito, mas voltando ao 650. É do conhecimento de todos que a Honda tem feito motores mais eficientes e que implica, por vezes, serem um pouco menos “estrondosos”, para compensar isto os engenheiros tem que redobrar os esforços para com menos combustível ter o mesmo rendimento ou pelo menos que não se perca a alma de uma desportiva.

Pondo isto, e como compreendo o que está em jogo quando se desenvolve um motor, eu dou pontuação máxima a este motor. São 87Cv com 64Nm que permitem, por exemplo, andar em 6 velocidade a 30km\h ou 230km\h sem meter mudanças. No entanto todas as mudanças estão muito bem escalonadas. Isto permite uma condução descontraída ou uma condução agressiva. Isto mostra bem a atenção aos pormenores que os Eng. da Honda colocam nos seus produtos.

A minha condução foi um misto de situações mas no geral penso que não andei em passeio, considero que foi uma condução a roçar a agressiva e no final mais uma agradável surpresa pois o consumo foi 5,2L.

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Confesso que fiquei fascinado por este motor e dei por mim a pensar muitas vezes numa combinação deste motor com DCT e instalado na minha Integra. Trocava já!!!

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Mas um grande factor de vício deste motor também é a bem conseguida melodia que a Honda conseguiu criar com o escape bem integrado no chassis da CBR650F. Quase não nos apercebemos dele mas por volta da 7500rpm o cantar do 650 torna-se mais aguerrido e leva-nos e enrolar o punho direito até não dar mais. Vai ser difícil esquecer esta melodia das muitas vezes que tive que ultrapassar outros veículos e reduzia para posicionar as rotações no ponto certo para ouvir a mudança de som.

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Como já referi antes, ganhar velocidade é algo simples e extremamente rápido, o que nos faz perguntar se iremos parar igualmente rápido. Posso dizer que a travagem, com ABS, está ao nível do agradável motor. Gostei especialmente de ser muito progressivo travar. Já testei motas que um simples toque com mais pressão e parece que a roda traseira vai sair do chão mas neste caso consegui travar descontraidamente. Algo que só consegui fazer na CrossTourer e na VFR1200. Devido a esta progressividade é possível evitar que a frente afunde em demasia, unicamente acontece isso se travarmos mesmo com muito vigor, no entanto, o peso do conjunto também não é muito elevando ( 211kg ) o que ajuda neste ponto.

Esta CBR650F estava equipada com pneumáticos da marca BridgeStone e o modelo é o T30 R, em geral não tenho qualquer tipo de queixa pois portaram-se sempre bem em todas as situações.

Gosto de iniciar os meus testes devagar e deixar a máquina falar por si deixando-a chegar ao seu limite. No caso desta CBR650F posso afirmar que a máquina daria muito mais mas existe sempre uma barreira psicológica quando se testa algo que não é nosso, contudo levei a CBR650F, talvez, a 50 % do que se poderia inclinar,  mas na realidade esses 50% já nos enchem o coração e de que maneira.

A sua ciclística é refinada e penso que não poderia ser de outra maneira, o seu habitat é na Serra da Arrábida a raspar com os joelhos no chão. Não cheguei a esse ponto não sinto que seria preciso pois cada curva já é um banquete de sensações que só quem gosta de motas consegue perceber o que estou a dizer. Uns usando mais inclinação outros com menos inclinação mas todos adoramos curvar nas nossas montadas.

Esta especialmente percebe-se que foi desenhada com essa intenção, a de proporcionar curvas de excelência, e como novidade para o meu blog, tentei fazer uns videos comigo a fazer uma belas curvas nas estradas do nosso Alentejo. No final não fiquei muito contente com o video porque acho que preciso de um assistente para realizar imagens mais nítidas e com outro enquadramento. Mas como tudo para a próxima será melhor.

Com tempo para usufruir da CBR650F testei-a em curva várias vezes e foi muito intuitivo adoptar uma posição em curva mais desportiva. Senti muita facilidade em controlar com a mota em curva pois ela transmite muita confiança .

Esta confiança que a CBR650F proporciona leva-nos a sair das curvas a acelerar até às 11mil rpm o que deixa o nosso coração a saltitar quase fora do peito e torna-se um vicio andar a puxar por esta CBR650F.

Depois de os meu níveis de adrenalina voltarem aos níveis de passeio voltei para a Honda Portugal tentando aproveitar todos os minutos restantes com a CBR650F e também apreciando todos os seus pormenores que por vezes não nos agradam tanto.

Logo ao início do dia antes de sair do edifício da Honda Portugal deparei-me com uma situação que pode ser um pouco chata mas que na verdade irá acontecer poucas vezes, pois só acontece quando se esta a manobrar a mota a muito pouca velocidade. O pormenor é que quando se vira o guiador todo para qualquer dos lados o nosso pulso bate no deposito de combustível, pois o espaço é muito pequeno e o guiador quase que encosta no depósito. Não vejo isto como um problema apenas é uma questão de hábito sentir o depósito quando se vira tudo. Mas nesta mota isso só acontece quando se faz manobras a baixa velocidade.

Depois dos primeiros kms deparo-me com outra situação que não gostei na CBR650F. Sou uma pessoa bastante atenta ao condutores que circulam atrás de mim, talvez por ter visto tantos videos de motas que são abalroadas por trás, ando sempre atento e quando circulo uso muito os espelhos retrovisores, mas na CBR650F não conseguia ver quem vinha atrás de mim pois como a mota é um pouco estreita os meus braços ficam mesmo a tapar quem vem atrás. No entanto consegue-se ver quem vem mais ao lado mas ainda atrás. Reparei que havia 3 hipóteses : ou desvio o braço, ou desvio a cabeça e o tronco ou não é preciso olhar para trás porque é muito difícil apanhar esta CBR650F. A 3 opção é com certeza a mais divertida mas resolver este problema não é fácil. Fica um desafio à Honda a resolver este problema.

Honda CBR650F

Honda CBR650F

Por fim, eu especialmente,  notei muito o vento pois estou habituado a pouco vento, no entanto, é normal existir muito menos apoio aerodinâmico mas depois de fazer 270 km cheguei à conclusão que o nível de apoio não combina bem com a posição de condução adoptada. Digo isto porque a carenagem protege o condutor ao nível de uma R onde o corpo vai muito mais inclinado, no entanto, a posição nesta CBR650F é muito mais direita e confortável. Na minha sincera opinião é um ponto mais negativo que os espelhos por exemplo.

Em conclusão : é uma proposta que recomendo com facilidade no entanto temos que perceber que realizar viagem longas a velocidades  de mais de 100km\h pode tornar-se um pouco cansativo devido ao apoio aerodinâmico, no entanto, adoptando uma condução variada é uma excelente proposta e o cansaço é rapidamente esquecido pelas viciantes sensações de condução que proporciona.

Honda CBR 500 R – Test-Drive

Qualquer amante das duas rodas adora testar novos modelos e provar o feeling que cada modelo proporciona.

Eu não sou diferente e é por isso que comecei a escrever neste Blog as minhas opiniões. De tanta coisa que existe na internet esta é só mais uma informação que pode ser útil a alguém. Como adepto das novas tecnologias acho que faz sentido escrever e partilhar a informação com o resto do mundo. No concessionário da Motodiana ouve um pequeno imprevisto e isto fez com que este teste fosse um pouco mais curto do que é normal. Portanto introduzo aqui mais uns testes que fiz através da Motodiana.

Tudo começou com a VFR 1200 DCT e o referido teste pode ser consultado aqui.

Depois testei a VT 1300 CX e o referido teste pode ser consultado aqui.

Depois testei a VFR 800 X CrossRunner e o referido teste pode ser consultado aqui.

Depois testei a VFR 1200 X CrossTourer e o referido teste pode ser consultado aqui.

Agora a CBR 500 R.

2013-Honda-CBR500R3

Não tive muito tempo para testar este modelo mas deixo aqui as minhas impressões.

A primeira impressão é o seu bem conseguido design. Quando olhamos para esta proposta notamos que é bem bonita e acho difícil alguém dizer que é uma mota feia. Todos os plásticos estão no lugar certo e é a simplicidade das linhas que cativa.

Esta proposta tem a mesma motorização e chassis que todos as outros modelos com o mesmo motor 500 recentemente lançados.

Quando nos sentamos notamos o pequeno tamanho da mota. Percebemos imediatamente que será muito ágil e astuta na estrada.

O motor é uma agradável surpresa, a potência surge cedo e o binário também. Sobe de rotação muito bem. Na minha opinião este motor trás mais emoção que o 700 e para mim, arrisco a dizer, que é uma melhor proposta do que o 700.

Acho que a Honda aposta mal em usar apenas um disco de travão frontal. Para mim acho pouco e sempre que testo estas novas soluções fico com a sensação que me falta força de travagem.

Embora seja uma mota desportiva, acho que a protecção aerodinâmica poderia ser um pouco melhorada. Pois mesmo tentando estar dentro da protecção pouca diferença notei.

Como não tive muita liberdade para a testar vou dizer que a ciclística é boa.

Embora não tencione comprar uma desportiva acho que é uma excelente proposta para iniciar no mundo das duas rodas no segmento das desportivas.

Recomendo.